A I Mostra de Vídeo Etnográfico da UFG tem por objetivo mobilizar os realizadores de vídeos etnográficos; propiciar a criação de redes de cooperação e intercâmbio de experiências; fortalecer o diálogo entre realizadores da UFG, de outros centros universitários e a população. O I MOVE pretende mobilizar antropólogos visuais, realizadores de grupos tradicionais e movimentos sociais para apresentar discutir e intercambiar vídeos etnográficos. O etnodesenvolvimento, como diálogo entre o saber tradicional e o saber técnico ocidental será o ponto de encontro entre os diversos participantes.
O I MOVE estará organizado a partir de quatro eixos :
a- Mostra Livre, aberta à inscrição do público em geral
b- Mostra dos Núcleos de Antropologia Visual
c- Fórum e palestras magistrais
d- Espaço de troca e intercâmbio de experiências
O MOVE É AMOSTRAMENTO. ‘Amostrar’ outro olhar no vídeo. Um olhar do outro, sobre o outro e até por ele mesmo produzido. O I MOVE pretende propiciar o “encontro” etnográfico, entre realizadores e criadores, propiciar a fruição cultural. Fruição cultural como o prazer de produzir, consumir e intercambiar, na sensualidade de um espaço público plural, democrático e dadivoso. Etnografia entendida como diversidade de vozes e de olhares.
Amostrar é fazer ver, pôr a vista, se exibir. Etnografia é mostrar o povo, seus pontos de vista, seus símbolos. Amostramento plural, que contemple a diversidade indígena, quilombola, das religiões de matriz africana e de tantos grupos que compõem o povo brasileiro. Os vídeos podem ser realizados pelos antropólogos, pelos grupos, pelos professores indígenas das licenciaturas interculturais, pelos terreiros, pelos pontos de cultura.
O I MOVE trabalhará o vídeo etnográfico, entendido como material audiovisual produzido por antropólogos e também pelas comunidades. O vídeo etnográfico como “amostramento” é produzido com e pelos diferentes grupos, no diálogo com as tradições. Se a Etnografia pode ser entendida como encontro, amostramento e tradução, o vídeo etnográfico pode ser entendido como instância de diálogo para conhecer e dar-se a conhecer.
O I MOVE estará aberto à fotografia, propiciando a interação entre a imagem e os conteúdos simbólicos desvendados na pesquisa etnográfica. Não é a foto pela foto em si, e sim pelo simbolismo revelado. O suporte pode ser papel, bits, banners ou hologramas, o que importa é o conteúdo, a exploração das dimensões simbólicas, a amarração entre imagem e depoimento, que pode ser bem resolvida explorando novos suportes como apresentações em datashow ou vídeos. O critério para a seleção dos vídeos e ensaios fotográficos será a narrativa antropológica, na exploração dos diferentes formatos.
O I MOVE será também um local de encontro para a discussão, articulação e intercâmbio, tanto entre antropólogos como com a comunidade. Com o objetivo de consolidar e apresentar o NEPAA (Núcleo de Estudos e Pesquisa em Antropologia e Audiovisual) na rede de grupos de Antropologia Visual, o I MOVE reserva um espaço específico para a apresentação e discussão dos trabalhos dos Núcleos de Antropologia Visual. O evento proporcionará encontros entre Grupos de Antropologia Visual e demais membros da comunidade que trabalham com vídeos etnográficos. Contará também com a participação dos movimentos sociais, não só como público, mas como ativos participantes das mesas de discussão e do júri que outorgará a premiação.
Como o amostramento não é completo sem premiação, o I MOVE promoverá diferentes categorias de premiação e reconhecimento. O I MOVE instituirá o prêmio “ É AMOSTRAMENTO”, com a Guiné de Terracota nas diversas categorias. A premiação dar-se-á por troféu e certificado nas seguintes categorias.
Ø Vídeo etnográfico, votação do público
Ø Vídeo etnográfico, Premiações Especiais do Júri
§ Narrativa etnográfica
§ Expressão Cultural
Experimentação etnográfica
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